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Foto do escritorElisa Matile

Traumas Familiares


Lacan aponta que “entre todos os grupos humanos, a família desempenha um papel primordial na transmissão da cultura”. Para isso, dentre as demais instituições envolvidas na educação da criança, caberia à família a tarefa da “repressão dos instintos” e ela estabeleceria

uma “continuidade psíquica” entre as gerações.


Nessa transmissão entre gerações, há também a transmissão de questões não resolvidas ou não processadas de uma geração para a próxima dentro de uma família ou comunidade. Isso significa que os traumas experimentados por membros em gerações passadas continuam a afetar as gerações seguintes.


Dentre os traumas familiares podemos citar:


Triangulações familiares: aqui a criança é escalada para aliviar as tensões entre seus cuidadores ou então a aliar-se a um deles durante os conflitos. Geram ansiedade e o sentimento de que a pessoa sempre é responsável por resolver o problema dos outros.

Familiares invalidantes: familiares desvalorizam as experiências emocionais das crianças, minimizam, criticam ou comparam com outras crianças.

Geram sensação crônica de vazio, medo de abandono, inadequação e desvalorização de si mesmo.

Cuidadores resignados: agem sempre de forma passiva por não saberem lidar com emoções intensas e/ou situações adversas.

Geram dificuldade em dizer não, sentimentos de desproteção e desconexão consigo mesmo.

Excessivamente exigentes: nada nunca está bom.

Geram dificuldade em confiar em si mesmo, fixação em perfeccionismo, críticos consigo mesmo.

Famílias simbióticas: há uma fusão emocional excessiva e uma confusão entre os entes familiares e uma dependência emocional entre eles.

Geram indivíduos que desconhecem suas identidades, sentem muita culpa e têm dificuldades de impor limites.


Você não precisa carregar e nem passar esses padrões para frente e a psicoterapia pode te ajudar.




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